Navegando pelas Regulamentações de EAL: Alcançando Alto Desempenho e Conformidade

Escolhendo Lubrificantes Ambientalmente Aceitáveis (EALs)

A escolha dos Lubrificantes Ambientalmente Aceitáveis (EALs) tornou-se cada vez mais vital para as indústrias que buscam cumprir regulamentações ambientais e, ao mesmo tempo, garantir o desempenho ideal dos equipamentos. À medida que a conscientização global sobre o impacto ambiental cresce, a fiscalização por órgãos reguladores também aumenta. Assim, selecionar um lubrificante que atenda aos rigorosos padrões ambientais e entregue alto desempenho é uma decisão crítica para qualquer operação.

Visão Geral dos Lubrificantes Ambientalmente Aceitáveis (EALs)

Os EALs são especialmente formulados para minimizar seu impacto no meio ambiente enquanto mantêm as características de desempenho necessárias. Esses lubrificantes possuem atributos essenciais, como biodegradabilidade, toxicidade mínima e ausência de bioacumulação.

  • Biodegradabilidade: É a capacidade do lubrificante de se decompor naturalmente no meio ambiente. Os EALs devem ser prontamente biodegradáveis, o que significa que devem se decompor entre 60-80% em até 28 dias.
  • Toxicidade Mínima: Os EALs devem ser minimamente tóxicos para a vida aquática e terrestre, reduzindo os danos ao ecossistema em caso de vazamento.
  • Não Bioacumulativos: Os EALs são projetados para evitar a bioacumulação em tecidos de organismos vivos, reduzindo seu impacto ambiental a longo prazo.
  • Conformidade com Padrões Regulamentares: Os EALs devem atender a regulamentações governamentais, como o VGP (Vessel General Permit), para serem utilizados em aplicações marítimas.

Regulamentações para EALs

Com o aumento das preocupações ambientais, órgãos reguladores ao redor do mundo estabeleceram padrões rigorosos para os EALs. Nos Estados Unidos, a Agência de Proteção Ambiental (EPA) regula esses lubrificantes, especialmente através do VGP, que exige o uso de EALs não bioacumulativos em aplicações marítimas específicas. Em 2026, é esperado que essas regulamentações se tornem ainda mais restritivas.

Internacionalmente, a Organização Marítima Internacional (IMO) define padrões para operações marítimas, incluindo o uso de EALs para minimizar a poluição marinha. Na Europa, o selo ecológico da UE (EU Ecolabel) certifica lubrificantes que atendem a critérios rigorosos de biodegradabilidade, toxicidade e bioacumulação. Já na Alemanha, o selo Blue Angel exige que produtos, incluindo lubrificantes, causem impacto ambiental mínimo ao longo de seu ciclo de vida.

Escolhendo o Óleo Base Certo

O óleo base determina como o lubrificante atende simultaneamente às exigências regulatórias e à eficiência operacional. Existem várias opções de óleo base para EALs, cada uma com vantagens e desvantagens:

  • Ésteres Sintéticos: Oferecem excelente biodegradabilidade e bom desempenho em altas temperaturas. No entanto, apresentam problemas de compatibilidade com materiais de vedação, aumentando custos de manutenção e riscos de falha.
  • Polialquilenoglicóis (PAGs): Conhecidos por baixa toxicidade e excelente biodegradabilidade, os PAGs enfrentam problemas de compatibilidade com óleos minerais, exigindo lavagens extensas e causando interrupções operacionais.
  • Ésteres Naturais: Derivados de fontes renováveis, oferecem biodegradabilidade e não toxicidade. Contudo, apresentam limitações em ambientes de alta temperatura e problemas de compatibilidade com vedações.

Alternativa de Alto Desempenho: Bio Synthetic PAO Equivalent

O Clarity Bio EliteSyn AW, da Chevron, utiliza um óleo base equivalente ao Bio Synthetic PAO, combinando os melhores aspectos de óleos sintéticos com vantagens ambientais. Seus benefícios incluem:

  • Compatibilidade com Vedações: Evita reações que causam degradação dos materiais, reduzindo vazamentos e falhas.
  • Compatibilidade com Óleos Minerais: Simplifica a transição para lubrificantes ambientalmente amigáveis, reduzindo o tempo de inatividade.
  • Estabilidade Térmica e Oxidativa: Prolonga a vida útil do óleo e diminui a necessidade de trocas frequentes.

Características de Desempenho a Serem Consideradas

Ao selecionar um EAL, avalie fatores como:

  • Vida Útil TOST: Indica a estabilidade oxidativa do lubrificante. Maior vida útil reduz custos de manutenção.
  • Estabilidade Hidrolítica: Resistência à degradação na presença de água.
  • Compatibilidade com Vedações: Evita falhas e contaminações causadas por materiais incompatíveis.

Lubrificantes modernos, como o Clarity Bio EliteSyn AW, atendem aos padrões ambientais rigorosos sem comprometer a confiabilidade ou eficiência do equipamento.

Conclusão

Com o endurecimento das regulamentações ambientais, a demanda por EALs de alto desempenho está em ascensão. Indústrias em ecossistemas sensíveis enfrentam pressão para minimizar seu impacto ambiental enquanto mantêm eficiência operacional. A Chevron lidera a inovação nesse espaço com produtos que superam os requisitos regulamentares e oferecem desempenho excepcional, permitindo que as empresas priorizem a sustentabilidade sem abrir mão da confiabilidade de suas máquinas.

Por Noria Corporation.
Traduzido pela equipe de conteúdos da Noria Brasil.
---
ML 12/2024: "Navigating EAL Regulations: Achieving High Performance and Compliance"

Leia mais...

imagem_2024-11-18_192946728
Anatomia de um Filtro de Óleo

Por definição, o papel principal de um filtro de óleo é limpar o óleo de contaminantes destrutivos dentro de máquinas, como motores, transmissões, sistemas hidráulicos e outros sistemas que dependem de óleo. No caso de filtros de óleo automotivos, os filtros do tipo cartucho são os mais comuns, e esse formato provavelmente impulsionou o avanço …

imagem_2025-03-18_160308174
Economizando Energia, Dinheiro e o Meio Ambiente com o Ascend™

No estágio atual do Ciclo de Vida do Lubrificante, fica evidente que diversas variáveis influenciam cada decisão relacionada à lubrificação. Até os tópicos mais específicos podem se tornar complexos, com fatores intermináveis. Mas seu tempo é valioso. Nem sempre é ideal "se aprofundar demais". Devemos usar as ferramentas certas e metodologias comprovadas para tomar decisões …

imagem_2024-12-16_120104727
Contagem de Partículas: Por Que Partículas Menores Causam Grandes Problemas

Se você atua na área de Manutenção e Confiabilidade há algum tempo, provavelmente já ouviu alguém dizer:“Precisamos drenar ou trocar o óleo por causa da quantidade de partículas visíveis.” Embora verificar contaminantes seja indispensável em qualquer programa de inspeção eficaz, é importante saber que as partículas que mais danificam as peças das máquinas são pequenas …

imagem_2025-05-30_151855801
O Que Tem na Caixa?

Passei a última semana ajudando um cliente a reorganizar seu programa de lubrificação. Eles já tinham recebido uma visita nossa anos atrás, mas, depois disso, a empresa foi comprada por outra e sofreu várias trocas de liderança. Com tanta gente entrando e saindo, a comunicação se perdeu, e o programa acabou ficando de lado. Apesar …

imagem_2025-10-01_210958860
Uma História Sobre Análise de Óleo

Desde que os lubrificantes existem, as pessoas provavelmente já davam um jeito de inspecioná-los e monitorá-los. No entanto, até a metade do século 20, esse acompanhamento se resumia a verificar a temperatura, a pressão e, de vez em quando, dar uma olhada na cor e na "grossura" (viscosidade) do óleo. Existem também registros de um …

imagem_2025-08-02_145347495
Por que o Alinhamento de Máquinas Não Deve Ser Ignorado

Depois de vários anos trabalhando com manutenção, descobri que não há nada que substitua um bom alinhamento de máquinas. Em todos os cursos de treinamento que ministrei na Noria, eu explicava que nenhum lubrificante consegue proteger uma máquina contra o desalinhamento. Considerando as milhares de máquinas que quebram todos os anos por causa de um …